Moção de apoio financeiro à OSNH é aprovada pela Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo

Na tarde da última quarta-feira, 26, ocorreu, na Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo, uma plenária que teve como principal pauta o corte de recursos financeiros para a Orquestra de Sopros de Novo Hamburgo (OSNH). O vereador Enio Brizola (PT) elaborou uma moção que prevê apoio financeiro para o projeto, que foi aprovada por unanimidade. A moção será encaminhada ao prefeito Gustavo Finck e ao secretário de Cultura, Angelo Reinheimer.

No último dia 17, a Orquestra anunciou que encerraria suas atividades. A decisão foi tomada após a prefeitura cortar os repasses financeiros que eram utilizados para pagar os funcionários e fazer toda a manutenção necessária.

Sobre a plenária

Durante a plenária, era possível ver diversos cartazes em forma de protestos, com frases como: “Tirar cultura não economiza dinheiro, apenas empobrece a alma de uma comunidade” e “Cultura nos faz pensar, nos faz humanos! Salve a Orquestra!”.

O diretor artístico da Orquestra, Gustavo Müller, utilizou nove minutos da plenária para falar sobre a importância de manter a OSNH e porque aprovar essa moção era necessário. “Só porque eu não utilizo determinado serviço ele não precisa existir? Por que eu não acompanho a Orquestra ela não precisa existir? Se eu não vou em museus eles não precisam existir? Precisamos voltar a pensar no coletivo”, afirmou. Gustavo foi aplaudido de pé ao final do seu discurso.

Müller contou que marcou mais de uma reunião com o prefeito de Novo Hamburgo, Gustavo Finck, para tratar sobre o apoio financeiro, pois foi desta forma que a OSNH sobreviveu por 73 anos. “Nunca imaginei que receberia uma resposta tão negativa. Em outros anos já sofremos com corte de gastos, mas nunca a ponto de precisar encerrar as atividades”, comentou Gustavo.

O diretor ainda ressalta que, pelo menos, conseguiram seguir com Orquestra Jovem, que é responsável pelas aulas de música. A continuidade desse projeto foi possível pois a Secretaria Municipal de Educação (SMED) assumiu a pasta, porém a orquestra profissional precisou ser encerrada.

“Agora estamos indo atrás de todos os tipos de apoio possível. Já temos algumas proposta e conversas em andamento, mas nada fechado. Eu sigo acreditando que vamos conseguir. Esse projeto é um norte para crianças e adolescentes que tem o sonho de viver da música”, finalizou Müller.